sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Nasci hoje mais uma vez

Hoje passou-se mais um dia, que eu gostava que fosse diferente.
Aulas chatas, pessoas chatas, monotonia que dói de ser tão monótona.
Estou farta de mim e dos outros.Quero mudar mas não sei como, a inércia prendeu-me numa camisa de forças e estou a ficar louca.
O que quero ser parece estar cada vez mais longe de mim, a minha instabilidade emocional sufoca-me.
Gostava que tudo fosse diferente, eu,  o mundo, tudo.
Estou farta do que vejo ao espelho, quero ver o que sou e não o que aparento ser.
Quem não me conhece acha-me demasiado apagada, demasiado sozinha, demasiado sei lá. Não gosto do que vejo pelos olhos dos outros, nem sequer do que vejo pelos meus, mas gosto-me ver no que gostaria de finalmente ser.
Já pouca gente me importa, os amigos são repetitivos, não se importam com o que deviam, querem saber demasiado de outras vidas que não as deles. Não gosto tanto de passar tempo com eles. Acho que o que todos procuramos é alguém que testemunhe a nossa vida, senão somos mortos socialmente e até um pouco no interior. O meu desejo é entrar num coma e acordar quando já não pensasse isso.
Hoje acordei, arrastei-me para a casa de banho para tomar banho e pensei:mais um maldito dia de aulas! Ainda por cima matemática! O pior é à tarde, biologia.
O pior nem é da disciplina, é do turno em que fiquei, as pessoas. Coscuvelheiras, maldosas,estúpidas,rídiculas. E sei que hoje falaram de mim, como falam de toda a gente, o veneno chega a todos e mesmo entre cobras se alguma morde a língua sobre a outra.
Que falaram não sei, mas sei que sim. É típico o "cala-te que vem aí" ou "o depois digo", é demasiado óbvio.
Só quero desaparecer daquela aula solítária e sem piada, ir para casa e falar com o meu amor, endoidecer ao som do rock e ser feliz. É só isso que peço, será muito díficil?

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