sábado, 6 de novembro de 2010

Eras meu mundo

Havia uma altura em que tu eras tudo e eu era parte de ti. Eras meu vicio, consumia-te para viver.
Um dia deixaste de satisfazer o meu vicio, agarrei um mais fácil de obter.
Quero consumir-vos até não ter mais sede, esta sede é cada vez maior.
Meu corpo não aguenta, nem meu coração.
Qual de vocês escolher? Não sei.
Eras o meu mundo, morri por ti, nasci para ti, fui eu para ti.
Deste mundo só restam recordações e o desejo dos beijos que nunca me deste e eu que, sempre, os senti.
Eras meu mundo, e esmagaste-o com a tua ausência.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sou o que odeio e não sou o que sou

 Olho-me neste mar de gente, vejo o meu reflexo em tantas delas, mas distorcido.
A realidade é mentira e o sonho irreal, tornei-me o que não queria e não sou o que sou.
Quero ser o que penso estar bem para mim e não correcto para os outros.
Não gosto de falar de ninguém mas falo, caio no abismo em vez de voar alto por cima das cabeças de quem julga.
Quero-me aceitar sem julgar, mas queria ser como os outros dizem e não me conheço nessa forma.
Quem és tu pessoa ambígua, por quem te chamam?
Ninguém ou multidão? Quantas almas tens?
Contigo sonho, comigo convivo, em ti me quero sentir.
Su o que odeio e não sou o que sou, onde estás tu afinal?