sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sou o que odeio e não sou o que sou

 Olho-me neste mar de gente, vejo o meu reflexo em tantas delas, mas distorcido.
A realidade é mentira e o sonho irreal, tornei-me o que não queria e não sou o que sou.
Quero ser o que penso estar bem para mim e não correcto para os outros.
Não gosto de falar de ninguém mas falo, caio no abismo em vez de voar alto por cima das cabeças de quem julga.
Quero-me aceitar sem julgar, mas queria ser como os outros dizem e não me conheço nessa forma.
Quem és tu pessoa ambígua, por quem te chamam?
Ninguém ou multidão? Quantas almas tens?
Contigo sonho, comigo convivo, em ti me quero sentir.
Su o que odeio e não sou o que sou, onde estás tu afinal?

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