segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Confusão centrípeta

Hoje é um dia como os outros e como nenhum. Vi sol, o vento, espreitei pela janela de onde vem a chuva.
Passei uma tarde feliz e uma manhã chata. Na minha cabeça gira uma confusão de obrigações sem fim à vista.
Tenho que estudar:matemática, psicologia, biologia. Tenho que preparar uma aula de inglês.Tenho trabalhos pra fazer. Tenho de arranjar tempo para quem precisa.
Maldita confusão, tudo a verter para o centro, eu, porque estas acções dependem de mim.
Estou em estado de preguicite crónica, remédios em casa não tenho, talvez  num dos recantos da minha cabeça, onde está o interesse pelas coisas.
 Nesta altura o frasco de remédio há muito está fraco e demasiado diluido, no doce perfume da ociosidade.
O ócio encanta mas depressa nos mata. O interesse tarde vem mas perdura. Que hei de fazer então?
Nada é preguiça, tudo é demasiado confuso, metade não é suficiente.
Para uma vida, uma eternidade não é suficiente, temos que roubar tempo. Mas a quem?

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