quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Apetece-me pintar

Apetece-me pintar o mundo de outras cores, não de cor de rosa nem de azul celeste, de cores realistas e sinceras.
O mundo é uma tela complicada de pintar, demasiado complexa para quem não quer compreender, demasiado fácil por quem pensa que vê, mas é completamente cego.
Quis pintar o teu rosto, faltou-me a tinta, sinto-te quente e frio, como o vermelho e o azul. Em prosa escrevo poesia, como desenho os teus traços em pedra.
Esculpi a tua face com cores e traços mal rabiscados, inspirei-me no teu olhar incerto e distante, como azul do céu em tempos de trovoada.
Apetece-me escrever, apetece-me pintar, unir as artes numa só, pintar um céu que acabou e se prolonga infinitamente no vazio.
Gosto de pintar nadas, numa folha de papel branco que faz doer a vista.

Inspiração da poesia, da prosa de um diário e da pintura.
Hoje quebrei as minhas regras, que nunca chegaram a ser regras, pensei e fiz o que não devia.
Gostava que a mudança em mim fosse melhor, mais constante e mais sincronizada, pelo menos nas coisas que quero.
Passou a tarde, nada fiz das minhas obrigações, é noite, nada me apetece fazer, quebrei o ciclo de ócio ao escrever um texto obrigatório (que nem é definitivo).
Amanhã, que fazer? Estudar, aprender, escrever e ser eu. Qual a mais complicada de todas as tarefas?

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