domingo, 15 de maio de 2011

Processo de transformar

Quando pegamos no barro húmido, que quase parece recém tirado da terra, é fácil moldá-lo e fazer o que queremos.
À medida que o tempo passa, é cada vez mais difícil moldá-lo porque a água esvai-se dos seus poros e torna-o numa massa amoldável, conservadora e que respeita todas as constantes que, tradicionalmente regem este mundo e, talvez outros...
Seria, de facto, uma decepção se um dia me tornasse uma estátua, de um barro que secou, sem sequer ter sido moldado. Isso, seria o mesmo que voltar a cometer os mesmos erros vezes sem conta, pois a suas marcas não ficaram lá.
Isso explicaria, realmente, de que somos feitos e o porquê das acções de algumas pessoas. Se amanhã atirasse esse barro seco e sem possibilidade de moldar, à parede, decerto se desfaria em pedaços, como um castelo que rui por falta de cuidados do seu monarca.Foi esquecido para um canto até voltar à luz da ribalta, onde assumiria a sua real importância.
Embora, nestas palavras que escrevo, pareça determinista e com ideias conservadoras, não o sou. Porque acredito naquele processo de juntar de novo água, como se fosse um elixir da verdade, e poder voltar a moldar esse barro, essas mentalidades.
Por isso é fulcral ao longo da nossa vida moldarmo-nos mas não nos deixarmos perder nessas moldagens, que podem alterar uma configuração desejável e, menos confusa que este texto.

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